quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Livre?

-  Pois, é tão cruel!
Falei enquanto olhava ,atenta, o pássaro na gaiola na janela do vizinho.
Imaginava a dor daquele pobre animal confinado, com uma corrente na pata [necrosada]
Pensei  que a crueldade imposta àquele animal se confundia a crueldade imposta àqueles
que estão vegetativos ou inválidos, sofrendo em vida e que desejam morrer. [ter paz]
Seria a morte liberdade?

Vejo muitas vezes pinturas e desenhos de gaiolas abertas como símbolo da liberdade.
Sempre vazias, ou com uma sombra escorregadia ao fundo de algo a voar.
Vazias por que o pássaro ali escravo fugiu para o horizonte ou por que cansado da dor
do cativeiro e das mutilações se entregou ao gavião que velava seu sono ?


Estou me sentindo encarcerada nesta vida. [Sufocada]
Quero ser livre e não consigo encontrar uma solução [Me adequar]
Quem sabe se eu seguir as opções do pássaro?
Olho para frente e penso:

 - Tenho certeza que saiu voando.

domingo, 14 de setembro de 2014

 Poema que declamei na última terça feira no programa Alcova Putzgrila - da Rádio Web Putzgrila
 Compus em uma noite muito chuvosa no tradicional Bar do Marinho.
 Naquela noite embalaram meus ouvidos, Ed Lannes, com participações de Leo Aprato e Ian Ramil.
 Enquanto nos refugiávamos da chuvarada, pequei meu caderninho e escrevi.
 Não esquecerei das testemunhas da criação deste poema, A Jardélia e a Melina... Duas mulheres  incríveis.!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



   " Acordei com o gosto daquele beijo;
     O beijo não dado, apenas verdadeiro,
     Sem romance, ou gratidão,
     Aquele beijo com desejo, com  vontade,
     Que enrola na língua e troca saliva
     Que faz tremer a espinha, e arrepia  
     Aquele beijo que desce meu corpo
     e depois, é o que resta do gozo,
     gostoso, sincero, intenso.
     Aquele beijo que fica na nuca,
     nos seios,na coxa, no meio.
     Aquele beijo que termina no meu peito com o teu peito.
     Inteiro. Apenas,inteiro.

    Kau.

   04.07.14
 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Eu?

Abro os olhos e não me reconheço. No que me tornei?
Quando foi que escondi minha essência do mundo?
Em que dia deixei de viver e apenas deixo passar os dias?
Nem lágrimas  tenho mais, apenas a frustração de não existir.

Penso em pedir ajuda, mas existe alguém inteiro?
Para juntar os pedaços meus?
Se não existe um ombro para chorar, apenas  me recolho.
Suspiro, Dor, Solidão, abandono.
  
Preciso, de amor, de paz, confiança;
Quero, desejo, loucura, essência
Sexo, ardor, uma alma junto a minha

Então acordo, e vejo que meus  desejos são:
Ilusões, devaneios, loucuras, anseios
Abro a garrafa,  e mergulho no mundo dos meus pensamentos.

Kau ~
26/05/14

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Sempre...

     É sempre da mesma forma.      
     A mesma conversa, o sorriso fácil
     E como sempre, o mesmo gosto de ferro      
     Mas como quebrar o que em farelos está ?    

     E mais insano que isso não conseguirá  ficar
     As noites mal dormidas , as promessas falidas,    
     É ....realmente: é  tudo a mesma porra.


  Kau ~

terça-feira, 25 de março de 2014

Semanário

Agora um poema:


Semanário

Domingo : um soco
Segunda: socorro
Terça: boleta
Quarta: cerveja
Quinta: o poço
Sexta:Espero
Sábado:um grito.
O último grito.
Kau~~~~

sábado, 22 de março de 2014

Tenho...

    Tenho a solidão como companhia; o pensamento libertino
    A Boemia no meu sangue; o beijo sem sentido.
   Dormir? E sonhar com os ruídos; os restos -
    De sonhos e camas vazias;

    O febril desejo, e a insana vontade andam
    A consumir o resto dos pensamentos certos;
    E fazem este ser na paixão cair;
    Pelo torto; decrépito e infame;

    Pensamentos de dor – Pensamentos de Fome
    Pelo odor da carne, pelo gosto acre
    O ranger dos dentes, lamber feridas


   Pela angústia presente, dormente, doente
   Pelo fim dos dias, pelo sono eterno
   Pelo infame, pelo fim  do EGO.            


Carla Teixeira  - 21/03/14  16h30 min
  

segunda-feira, 11 de março de 2013

Band -Aid.


Todos nós temos um papel, ninguém oficialmente designou, mas conforme as coisas acontecem
começamos a identificar o papel que temos na vida das pessoas.
Alguns são protagonistas nato, outros excelentes diretores, existem também aqueles que
adoram fazer participações especiais marcantes, e tem os tapa-furos, aqueles que apenas
estão ali para ajeitar as coisas até o protagonista assumir as rédeas.
sabe, aquela pessoa que aparece para espantar a solidão?
Ou, te estende a mão em um momento difícil?
ou que está ali apenas para suprir uma carência que você tenha no momento:
- Seja dinheiro;
- Seja sexo;
- Seja companhia para o cinema.
Esse tipo de pessoa geralmente é bem vista pelas outras, ela está sempre ali. Útil, de alguma forma.
Ela está presente na entre-safra, dos grandes negócios, das grandes amizades, dos grandes amores.
Ela serve de band-aid até você cicatrizar, ou encontrar o remédio definitivo. A cura.
Mas ela não é a cura, remédio ou a solução de ninguém.
Quando tudo se ajeita, ela vira uma lembrança, uma história, um antigo amigo.
A pior parte, é quando você se dá conta que é um band -aid, que é a intersecção de uma história, mas você nunca vai ser a história, não existirão grandes coisas no seu caminho, ou grandes amores.
não adianta sonhar, no fim você sempre vai ser deixado de lado.
Por um novo sócio,
um novo amor ( sempre aquele arrebatador),
Uma nova amizade.
E você permanece ali, à margem da felicidade alheia, você aproveita os momentos, mas sabe que
não é a pessoa.
Você chegou depois.


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Hoje não é dia de Poesia

Hoje não é dia de Poesia


Estou ouvindo, neste instante, Tristão e Isolda de R. Wagner, trilha sonora de um filme que fez eu refletir bastante, Melancholia de Lars von Trier.
Acho que essa é a sensação no dia de hoje. Qual a motivação da vida?
O que te faz pensar que existe algo além dessa estupidez que é a vida?
E por qual razão anulamos nossas vontades para satisfazer convenções da sociedade?
Estou pensando seriamente que estou desperdiçando meu tempo, nesse maldito piloto automático
que nos inserimos.
Trabalho.
 Faculdade.
Acordar, trabalhar, estudar,dormir.
Por qual razão não vivemos nossa essência, aquilo que faz o coração bater mais forte?
Abandonar tudo, e viver o que está aqui.
O que nos impede é o medo, medo do desconhecido, medo da mudança, medo do preconceito.
Estou cansada de ter medo.


domingo, 4 de novembro de 2012

Nada

E quando às lágrimas vem, com tanta facilidade e sem motivo?
E cada momento de riso, é apenas um momento, uma máscara?
E cada dia que passa, a solidão aumenta, e a confusão se instala?
A dor física da alma, que não descansa.
A ausência de amor, a ausência de tudo.
A sensação de vazio, de tempo perdido, de àguas passadas,
De oportunidade não dada, de viver calada.
Sentimento que perturba, e se instala no corpo,
Sentimento, desgosto, sem rosto, sem corpo.
O nada!


Kau

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sei que...

Foda!

Quem disse que poesia tem que ser bonita?
Na norma culta, na precisão da escrita.
Poesia tem sentimentos, e sensações
Não tem pudor, não tem lugar, não tem padrão


Quem disse que tem que rimar ?
Quem disse que que é sobre amor?
Por quê apenas tem que ser de dor?
Foda-se , cansei, a paciência acabou.


Sempre o que penso é diferente
Desapego, não existe, pensa :
Não seja mais um politicamente correto

Fodam-se as convenções sociais
Fodam-se as tendências atuais
Foda-se, Eu sou o que sou e ponto final!



;)